Emanuel Saitan não tinha ideia de que seu poder extrapolava o valor de seu dinheiro. Desde 1348, das terras úmidas de Avignon, quando o pequeno Samuel talhou no Velho Pinheiro a inscrição GODEVIL 1348, até os dias de hoje, a presença do bem e do mal acompanhou a humanidade. Como uma história mal contada. Na ausência do ordinário. No conflito do pouco provável. A hora da verdade fez-se necessária pela terceira vez desde a criação da humanidade, e o encontro entre o bem e o mal se repetiu. O Diabo mandou seus chacais protegerem seu filho dos anjos enviados por Deus. A trégua resistiu por alguns anos. O espanto que se seguiu provavelmente se assemelharia à expressão de Samuel, quando ouviu e viu o Pacto entre Deus e o Diabo, por entre os corpos e o cheiro da morte em Avignon, mais de 600 anos antes. Alguém, provavelmente, no meio de tudo e de todos, balbuciou a palavra: Milagre! O pacto selado entre Deus e o Diabo numa tarde fria e no meio do caos e da morte. Uma única testemunha. Segredo guardado por um e passado sempre a um único descendente, geração a geração. Romance e luta, da Idade Média à Revolução Francesa. Da Segunda Guerra Mundial aos dias atuais. Emanuel e Rebecca, sem saber ou por obra do destino, de Deus ou do Diabo, tiveram seus destinos entrelaçados 600 anos antes de seus nascimentos. A humanidade na mão de um único homem em busca de sua identidade, entre o poder ilimitado e o amor de uma mulher.