Tabagismo - Do Diagnóstico à Saúde Pública especialmente dirigido cujo patogênica transmissão dos mais atuais conhecimentos de forma abrangente e multidisciplinar de tão dependência à nicotina. O livro tem o patrocínio institucional conjunto do Conselho Federal de Medicina e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. O tabagismo de um comportamento social aceitável e difundido por todo o mundo, passa a ser reconhecido como doença a partir de 1986, quando publica-se nos Estados Unidos relatório considerando a nicotina como droga psicoativa. Em 1997 a Organização Mundial da Saúde o classificou no grupo de transtornos mentais e de comportamento, decorrente do uso de substâncias psicoativas (Décima Revisão da Classificação Internacional de Doenças, CID-10-Fl-OMS). A dependência à nicotina obriga os fumantes a se exporem a inúmeras substâncias tóxicas responsáveis por cerca de 50 doenças no homem, fazendo-se, portanto, imprescindível que todos os fumantes sejam aconselhados a parar de fumar. A cessação do tabagismo apresenta duas significativas vantagens: - É sabido que cerca de 80% dos fumantes manifestam o desejo de parar de fumar. Sabem do mal a que se encontram expostos. Porém, apenas 3% o conseguem sem ajuda. Daí a importância do médico abordar de maneira explícita e enfática os efeitos patogênicos a que o fumante se expõe, prestando-lhe todo o apoio possível. - A queda expressiva dos indicadores de mortalidade das doenças tabaco-dependentes. No Brasil, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, o número de óbitos alcança 200 mil por ano. A cessação é bem marcante no câncer de pulmão, ao se constatar que dez anos após sua efetivação, o risco do câncer cai para a metade. De fato, o tabaco é um carcinógeno que atua tanto como indutor efeito mutagênico-como promotor - proliferação celular. Há ainda que se assinalar o tabagismo passivo: a inalação da fumaça de derivados do tabaco por não fumantes que convivem com fumantes em ambientes fechados. Segundo a OMS de poluição a tabagistica ambiental, é a terceira causa de morte evitável, só sendo superada pelo tabagismo ativo e o alcoolismo crônico. Outro fato crítico sobre o tabagismo expressa-se na degradação ambiental. A cultura do fumo promove o desmatamento (a secagem das folhas é feita em forno a lenha), produz o empobrecimento do solo pela necessidade de grande quantidade de agrotóxico, contaminando o meio ambiente. Tabagismo Do Diagnóstico à Saúde Pública certamente se constituirá trabalho científico de divulgação para a prevenção e o tratamento dos indivíduos tabaco - dependentes, amparando ações médicas extensivas à sociedade brasileira, com renovada e eficiente atenção por parte das instituições de saúde pública e privada de nosso país. Um Brasil louvado por campanhas antitabagistas cujas morbidade e mortalidade decorrentes desta dependência alcançarão nos próximos anos índices confortadores, real reflexo do trabalho médico-comunitário e da Saúde Pública