Se os doze primeiro cantos de Ilíada têm, como núcleo central, a retirada do "melhor dos Aqueus", Aquiles, da guerra de Tróia, os doze finais gravitam em torno da volta do herói ao campo de batalha. Com esta obra, Haroldo de Campos realiza o mesmo prodígio que, de certo modo, é a utopia de todo tradutor: nos leva a reler o original com base na tradução. Ou seja, seu translado transpõe o campo recriativo para atingir o horizonte da redescoberta.