A partir da dicotomia a mulher escrita/a escrita da mulher, as autoras escrevem um livro dedicado à investigação feminina da realidade e da problemática representação da mulher, sempre pelo olhar masculino, por meio da história da análise e da literatura. Com premissas psicanalíticas e de teoria literária, especialmente da corrente de crítica literária ginocrítica, surgida nos Estados Unidos e de orientação assumidamente feminista, as autoras propõem uma grande reavaliação da produção cultural do Ocidente sob a ótica da mulher. Desde a tradição clássica, como o mito de Narciso e Eco e a tragédia Édipo rei, até realizações mais modernas luso-brasileiras, como José de Alencar, Clarice Lispector, Hilda Hilst e Florbela Espanca, as autoras submetem à sua perspectiva particular todo um retrospecto de alguns dos grandes artefatos culturais do ser humano, com base nas teorias antropológicas e psicanalíticas mais consistentes da atualidade. Teóricos como Bataille [...]