O homicídio é tão velho quanto o homem. Sua antiguidade é atestada de maneira dramática na Bíblia, onde o primeiro homicida e a primeira vítima são irmãos. O homicídio político está sempre associado à ascensão ao poder, pois a eliminação do individuo que exerce esse poder surge como o meio mais simples e rápido de efetuar uma mudança de governo. Nesse tipo de homicídio, geralmente, as motivações são de ordem pessoal, partidária ou dinástica: colocar o cetro nas mãos de outro indivíduo, outro partido, outra família. Não raro o homicídio político é considerado um dever, justificando-se então com argumentos ideológicos: se a vítima é um tirano cruel ou um usurpador, sua eliminação física deixa de ser crime e impõe-se como ação necessária, conseqüentemente boa. As justificativas ideológicas podem ser políticas ou religiosas, mas nas sociedades teocráticas, onde o poder é exercido em nome da divindade ou por seus representantes na Terra, as duas argumentações se confundem. Os homicídios políticos eram corriqueiros nos reinos e impérios autocráticos tanto do Oriente quanto do Ocidente