Em 264 páginas, o catálogo contém cerca de 200 imagens, incluindo as que foram produzidas por artistas indígenas especialmente para a mostra inaugurada no IMS Paulista em novembro de 2022. A publicação traz entrevistas com as lideranças indígenas Ailton Krenak e Watatakalu Yawalapiti, textos da pesquisadora Naine Terena, do antropólogo Carlos Fausto e dos curadores da exposição, Tukumã Kuikuro e Guilherme Freitas, além de uma cronologia sobre território do Xingu. O texto de Naine Terena apresenta uma reflexão sobre como as comunidades indígenas têm se apropriado das ferramentas tecnológicas para criar suas próprias representações. Ainda enfrentamos o estigma dos indígenas que têm acesso às tecnologias: ‘Índio com smartphone não é mais índio’, dizem aqueles que tentam desconstruir lutas e identidades, fazendo com que a sociedade de maneira geral não reconheça indígenas que dominam suas mídias nativas como indígenas, mas sim como pessoas que já migraram para um campo civilizado.[...]