O livro que organizamos é resultado de estudos e de pesquisas desenvolvidos por professores da educação básica e do ensino superior (profissionais envolvidos com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa) que, ao compreenderem a docência como profissão que demanda permanentes aprendizagens, entendem ser importante a socialização de conhecimentos a respeito dos processos formativos de alfabetizadores, bem como acerca das práticas que desenvolvem no ensino da língua escrita. De modo específico, a produção desta obra objetiva provocar análises críticas acerca das políticas de formação continuada de alfabetizadores advogando que essas políticas devem ser uma constante no cenário educacional brasileiro, tendo como compromisso a ampliação dos conhecimentos docentes acerca do processo de alfabetização e de ser professor alfabetizador no atual contexto social. Significa, portanto, questionar os processos formativos orientados pela racionalidade técnica por resumirem os professores a condição de meros de tarefeiros e de consumidores de saberes. Com esse compromisso os autores defendem que a formação não deve se restringir a orientações práticas sobre a alfabetização, mas deve configurar-se como processo de aprofundamento teórico acerca da alfabetização em unidade com as práticas alfabetizadoras desenvolvidas nas escolas. Essa ideia de formação pressupõe que os professores produzem conhecimentos sobre a prática docente e objetiva que esses profissionais assumam a organização e o desenvolvimento de suas práticas de forma autônoma, crítica e criativa.