"A interdição da língua alemã, que ocorreu no governo Vargas entre os anos de 1938 a 1945, gerou marcas difíceis de se esquecer. Além disso, causou o silenciamento significativo dessa língua. Muitos descendentes que poderiam ter aprendido a língua alemã perderam esse direito. Lamentavelmente, houve um período da história brasileira em que o Brasil e a Alemanha tornaram-se adversários na Segunda Guerra Mundial. Os alemães que moravam no Brasil foram duramente perseguidos devido à hipotética ideia de que eles, por meio da língua, pudessem provocar alguma situação de risco ao Brasil, constituindo-se, assim, como uma espécie de perigo alemão. No momento da guerra, Vargas efetivou a nacionalização do ensino da língua portuguesa e interditou a língua do imigrante. Sendo assim, os imigrantes e descendentes viveram tempos tortuosos. A proibição deu-se, primeiramente, em âmbito escolar, estendendo-se a locais públicos, e, depois, inclusive dentro das residências. [...]