Ele dizia que sua vida parecia um filme de mocinho, pois só venceria no final. Estava certo. Um dos maiores nomes do samba só foi encontrar o sucesso a partir dos 66 anos, quando gravou seu primeiro disco. Antes disso, Cartola trabalhou fazendo biscate, servindo café e lavando carros. No tempo livre, dava vazão ao gênio e à criatividade poética, compondo obras-primas como "O mundo é um moinho", "As rosas não falam" e "Autonomia" e participando da criação da mítica Escola de samba Estação Primeira de Mangueira. Em Divino Cartola, Denilson Monteiro resgata a história desse mestre do samba e ícone da cultura nacional a partir de entrevistas, imagens históricas e uma série de manuscritos de letras emblemáticas e poemas inéditos do compositor. Com um enredo emocionante, trata-se da trajetória de um poeta genuíno, marcada por uma luta permanente e rara genialidade. Eis a história de Angenor de Oliveira: Mestre do samba, figura exemplar, orgulho brasileiro, Divino Cartola.