Rafael atravessa a passagem da adolescência para a idade adulta com todos os desafios e dores que ela implica. O relacionamento problemático com o pai, escritor alcóolatra e frustrado, e o encontro com Marina, uma jovem de comportamento livre mas que guarda profundas feridas interiores, são os impulsos que o levam, já maduro, a meditar sobre a sua própria vida. Os fatos lhe vêm à memória de maneira desordenada e livre, e ele, a partir de suas lembranças, desenha um painel lúcido de seu processo de amadurecimento, percebendo que a vida, em suma, responde a processos cíclicos. O mar é seu lugar de reflexão e a metáfora perfeita para a sua travessia pessoal: suas memórias são como ondas no oceano, cada uma delas sobrepujada pela consequente, num círculo sem fim.