O autor conseguiu entrever um patético conteúdo mítico-religioso na trágica história de Tim Lopes a partir do próprio nome do jornalista assassinado pela narcoditadura. Tim Lopes entra em cena como Arcanjo, pois seu nome de origem é Arcanjo Antônio Lopes do Nascimento, traído por um capeta - André Capeta, que o levou a seu algoz de nome também perversamente bíblico - Elias. Só que diferentemente do profeta bíblico, este é o demoníaco Elias Maluco. Percival de Souza transcende a reportagem policial e revela em sua obra os desvãos da criminalidade, da Justiça e da política.