Neste livro o autor faz uma compilação de textos publicados entre os anos de 1993 até 1998. O conteúdo das matérias era publicado semanalmente em O Estadão do Norte, jornal de maior circulação do Estado. A mídia escrita ainda era a mais poderosa ferramenta de comunicação em Rondônia e os temas abordados eram variados, em especial, as questões políticas locais. Não se separa a política da corrupção e isto gerou algumas antipatias e inimizades, mas por outro lado, passados mais de vinte anos, uma legião de leitores e admiradores ainda se lembram daqueles textos e, em especial, de Raimundo Nonato, o ambulante da Sete, personagem principal que dava vida e graça aos textos. Nos capítulos iniciais os temas foram atualizados, mas Raimundo Nonato continua o mesmo e é bem provável que os leitores o encontrem bem ali na Praça Jônatas Pedrosa atrás de sua barraca, onde expõe suas mercadorias. Aqueles que o encontrarem poderão levar como brinde uma conversa recheada de conteúdo e sábias e proveitosas palavras de um brasileiro que, como outros tantos, acorda bem cedo, todos os dias, e sai em busca de sustento e dignidade para a família que é, segundo ele, o bem maior a ser protegido e preservado. Escrever livros é muito bom porque a gente começa a partir de um rascunho que se pode apagar e escrever de novo e aprimorar o texto. A vida não. O rascunho da vida não se pode apagar. O rascunho do viver é definitivo.