Dez da noite na tradicional Segunda-feira de leitura, em prosseguimento à série "O boteco pensa". Lá fora a fria e escura noite de Porto Alegre. Luciano Peregrino, pelo rodízio a quem cabia a narrativa, pôs-se em pé, ajeitou alguns rascunhos na mesa em sua frente e pediu a palavra. Amigos, o que menos importa nesta história que vou contar é se é verdadeira ou não, há notícias de que o personagem seria um fino impostor. Não o é no meu coração. Alguns dados foram compilados a partir da memória dos velhos do Arquipélago, outros obtidos pelo amigo Tigran Gdanski, presente ali na mesa 1, a quem agradeço. Os boêmios e boêmias serviram-se de bebidas e o bar silenciou.