É uma obra anônima do Século XVIII. Considerada por muitos e por muito tempo como sendo de autoria do Conde de Mirabeau, foi-lhe sendo negada a autoria, com o passar do tempo, inclusive por Guillaume Apollinaire que, na introdução do livro L’Oeuvre du Comte de Mirabeau, publicado em 1921, em Paris, pela Bibliothèque des Curieux, diz: “Le Degré des âges du Plaisir encerra algumas informações anedóticas. Entretanto, o título permitia supor algo de mais voluptuoso. Mirabeau nada tem a ver com essa elucubração bizarra.” Aos dez anos, na efervecência do desejo, o germe das paixões sem moderação; aos trinta, entregue à depravação mais desenfreada, não impõe limites a seus desejos: o incesto, o gozo mais lascivo, é o objetivo de seu ardor; aos quarenta, libertino refinado, voluptuoso sem delicadeza, põe em uso, quando é solteiro, todos os recursos vergonhosos que seu temperamento lhe sugere; aos cinquenta, solicita o auxílio da prostituição, e aos sessenta, já não entesa.