Bons poemas nos acompanharão para sempre, descobri isso com Rafaela Miranda, quando ministrei uma oficina e ela estava entre as participantes. Ela escreveu e leu um dos poemas que integra este Uma terra casa tem esse nome algum (não vou dizer qual, para guardar o segredo) e algo nele, talvez a linguagem ou o tema ou a originalidade apresentada, me persegue até hoje. Lubi Prates Rafaela Miranda, em Uma terra casa tem esse nome algum, explora a noção de corpo-terra-casa em seus poemas, passeando por referências literárias afro-diaspóricas, por autores brancos, além de mitos do cânone ocidental. A poeta nos convida a mergulhar com ela em seus sonhos, seus desejos e suas lutas, que se revelam não só suas, mas de um coletivo atravessado pela solidão, pelo racismo e pela LGBTfobia.