Este trabalho de Valter Martins revela um patrimônio material e imaterial da cidade de Campinas ao longo da segunda metade do século XIX, cujo mercado expressava uma paisagem, uma festa, um espaço coletivo, perfilando trocas, compras, vendas, rotinas, inovações, ou seja, um ponto de encontro entre o mundo rural e o urbano. Ao mesmo tempo em que o mercado se constituía como o estômago da cidade, com os seus abastecimentos de secos e molhados, também revelava uma ativa rotina cotidiana, que no interior desse espaço consagrava uma legitimação da vida comunitária.