Em uma rua fictícia da cidade de Maputo, capital de Moçambique, a Rua 513.2, convivem personagens vivas e mortas. Os mortos espíritos nguluvi antigos moradores das casas no período da dominação portuguesa, interferem no dia da dia dos vivos que, agora, no período pós-independência moram nas suas casas. Vivos e mortos discutem, decidem e realizam tarefas que definem os rumos da rua e, por extensão do país. Quando esses antigos espíritos são substituídos por outros, a dinâmica histórica começa a mudar. Nesse romance surpreendente, Crônica da Rua 513.2, João Paulo Borges Coelho apresenta um retrato literário e cultural das relações entre história e ficção, em uma sociedade em busca de sua própria identidade.