Um crime está no centro deste livro. Como nos romances policiais, experimentamos a viva necessidade de conhecer os fatos - mas não o alívio de constatar que afinal as peças todas se encaixam. O que Elvira Vigna propõe ao leitor é descobrir que peçasDepois de uma temporada em Nova York, a fotógrafa Nita volta ao Rio de Janeiro. Em sua memória, a cena recorrente é um assassinato: um tiro - e Aureliano tomba na sua frente. Nita é uma mulher de sexualidade e inteligência não convencionais. Sua especialidade é produzir versões de uma mesma história, se lhe convém. O que faz toda a diferença, desta vez, é que ela teve parte na morte de um homem. Como nos romances policiais, experimentamos aqui a viva necessidade de conhecer os fatos, mas de Elvira Vigna não se deve esperar nenhum dos esquemas narrativos consagrados pela literatura policial. Num tempo em que a indignação se tornou moeda escassa, o pacto que ela propõe ao leitor é descobrir que peças cabem no jogo da autocomplacência e que peças nunca se encaixarão nos limites da ética.Depois de uma temporada em Nova York, a fotógrafa Nita volta ao Rio de Janeiro. Em sua memória, a cena recorrente é um assassinato: um tiro - e Aureliano tomba na sua frente. Nita é uma mulher de sexualidade e inteligência não convencionais. Sua especialidade é produzir versões de uma mesma história, se lhe convém. O que faz toda a diferença, desta vez, é que ela teve parte na morte de um homem. Como nos romances policiais, experimentamos aqui a viva necessidade de conhecer os fatos, mas de Elvira Vigna não se deve esperar nenhum dos esquemas narrativos consagrados pela literatura policial. Num tempo em que a indignação se tornou moeda escassa, o pacto que ela propõe ao leitor é descobrir que peças cabem no jogo da autocomplacência e que peças nunca se encaixarão nos limites da ética.