O caminho para o bem-estar não é a ausência de doença, mas é gozar o bem mais importante do nosso ser mamífero óptico, a genitalidade; é um verdadeiro confronto humano que não está mais bloqueado por posições paranoicas, é a possibilidade de desenvolver as nossas potencialidades evolutivas, é viver em uma sociedade de comunicação verdadeira e de relações verdadeiras. Portanto, pensamos em uma proposta que fosse inovadora, uma ‘psicopatologia’. Usamos esse termo, pois ainda não conhecemos nenhum outro mais apropriado que se identifique não mais com um conhecimento cujo objeto seja exclusivamente a psique ou as manifestações psicológicas de um substrato orgânico, e obviamente a sua terapia. Assim sendo, pensamos em ‘fazer’, concretamente, uma ‘comunicação enriquecedora’, em proporcionar uma ‘outra’ tradução da pessoa, sem esquecer, e não poderíamos esquecer, da nossa história cultural.O objetivo deste trabalho é, dessa forma, trazer uma nova contribuição, uma ampliação da perspectiva, de insinuar algumas dúvidas em uma cultura que parece estar pronta, com os perigos intuíveis que se alimentam de certezas de autossegurança e de provocar uma discussão que ecoe utilmente sobre o plano da prática.