Colonialidade Normativa é uma obra que discute a partir do pensamento decolonial, a brancura, a cisheterossexualidade e a classe como normas sociais, instituídas pela colonização e mantidas pela colonialidade. Essas normas, fruto da primazia das definições do europeu, construíram abismos de desigualdades, formaram ilhas de indiferenças, segregaram populações em campos de extermínio, transformaram a injustiça social em privilégios e a desigualdade em meritocracia. Com distinta sensibilidade e delicadeza epistemológica, o autor ainda apresenta uma crítica potente sobre a formação de identidades subalternizadas, além de contribuir pontualmente com o pensamento decolonial, tornando-o ainda mais complexo e dinâmico ao propor a noção de diferença ontológica. Trata-se de um livro atual, produzido nas zonas periféricas do mundo e que faz ecoar os olhares subalternos sobre a modernidade e seus grandes conflitos.