Há várias maneiras de olhar para a principal tríplice fronteira da América Latina, entre a Argentina, o Brasil e o Paraguai. É uma zona de fronteiras vivas, com um volume comercial importante e com um fator cultural relevante. A região tem recebido uma população árabe muito significativa, o que gerou uma forte securitização. E esse olhar securitizado é um imaginário discursivo, que foi construído nos âmbitos regional e global. Do ponto de vista regional, porque há mais de 25 anos a região foi incorporada à agenda de segurança dos Estados Unidos devido às percepções e suspeitas da região como um espaço para atividades terroristas. A região também se incorporou à agenda global devido à securitização dos vínculos que as atividades ilícitas de atores transnacionais teriam com o terrorismo. Com isso, a Tríplice Fronteira passou a ser umas das mais novas regiões de segurança, daquelas que emergiram após a Guerra Fria, assim como um lugar para se pensar em uma agenda de segurança por [...]