Com obra e poesia relutantes, “Desanônima” cresceu despretensiosamente na gaveta à medida do tempo. Tornou-se projeto de livro num susto, quando a quantidade de papel amontoado já havia ganhado substância. A obra, além de nadar sobre aspectos densos da existência por uma ótica de vida construída a partir do feminino, ilustra um tom confessional contemporâneo, construindo uma poética pessoal, mas não menos empática e questionadora. “Desanônima” é o neologismo usado para uma poesia arrancada de uma gaveta morta, uma literatura em estreia, uma produção cuidadosa, tão forte e densa quanto reveladoramente suave.