Trabalhando com a perspectiva histórica do exame da questão social desenvolvida por Castel e com a compreensão do 'processo de exclusão social como contradição do modo de produção capitalista, o qual, ao mesmo tempo em que cria um exército de trabalhadores ativos, cria também um exército industrial de reserva', a autora defende o ponto de vista, que compartilha com Castel, de que o fenômeno da exclusão social, tal como se manifesta em todo o mundo, representa, de fato, na atualidade, uma nova dimensão dessa mesma contradição. O diálogo com os autores de referência permite à autora chegar à sua própria formulação do que entende por exclusão social na atualidade, ou seja, 'como a face mais violenta da exploração do trabalho, tendo em vista a expansão do capital'. A autora realiza um cuidadoso trabalho de entrevistas com jovens trabalhadores urbanos oriundos de famílias de baixa renda cuja trajetória escolar e profissional é marcada pela instabilidade, precariedade, sonhos, desafios, angústias.