Capitalismo Coletivo Ideal o Estado, o Mercado e o Projeto de Desenvolvimento na Constituição de 1988. O Capitalista Coletivo Ideal é o Estado que administra O Capital para além e, se necessário, contra os interesses de curto prazo dos agentes econômicos isoladamente considerados. Ele é capaz de sacrificar momentaneamente os interesses do lucro privado em prol da reprodução do sistema econômico em longo prazo. Seu compromisso não é com os membros de uma classe específica da sociedade, mas com o tipo de organização societal vigente. Os interesses gerais da sociedade de Mercado não podem ser realizados através da efetivação dos interesses individuais de alguns agentes econômicos. A manutenção do sistema exige, até mesmo, que alguns deles sejam sacrificados em certas circunstâncias. O estudo do modelo constitucional de reprodução da forma-mercadoria denominado na Constituição de 1988 como Ordem Econômica e aqui Projeto Constitucional de Desenvolvimento Nacional interessa na medida em que, embora não seja o único elemento definidor da realidade do sistema, acaba por gerar expectativas sociais a ser consideradas no jogo político da distribuição dos bens e poderes na sociedade, conferindo legitimidade às opções por certas políticas econômicas. O estudo do projeto de desenvolvimento previsto na Constituição de 1988 confere conteúdo ao Estado desenvolvimentista brasileiro.