Veronica Oliveira é uma mulher batalhadora, inteligente e engraçada. Mas nem sempre foi assim. Esta mãe, negra, da periferia de São Paulo, trabalhou como atendente em um call center, que não lhe garantia o mínimo para sobreviver. Por isso, precisou sujeitar-se a condições precárias com os dois filhos em um cortiço, o que a levou a um quadro de depressão profunda e a tentar tirar a própria vida. Com ajuda psicológica e de amigos, ela decidiu que sua porta para uma vida nova seria como faxineira. Ao fazer divertidas postagens em seu Facebook para divulgar seu trabalho, ela criou o Faxina Boa. A página que passou o rodo na internet se tornou um lugar de resistência e conscientização e lhe permitiu encontrar seu propósito, ressignificar a profissão e o modo como via a si mesma. Porém, ao ser tratada como a “tia da limpeza”, Veronica sentiu na pele como a empregada doméstica é geralmente estereotipada.