Neste livro, Vigotski destaca a importância do trabalho pedagógico no sentido de criar condições e formas para que as crianças possam participar da cultura. Assim, salienta a capacidade da criança de conservar a experiência vivida e ao mesmo tempo transformá-la. Ao questionar os significados mais comuns do termo imaginação, ressalta as funções e as características da atividade criadora para a existência humana. Analisa as relações entre imaginação e realidade e mostra como a imaginação se apoia na experiência; como a experiência se apoia na imaginação; como a emoção afeta a imaginação e como a imaginação provoca emoções. Argumenta ainda que a imaginação, na qualidade de atividade humana afetada pela cultura, pela linguagem, vai sendo marcada pela forma racional de pensar, historicamente elaborada. Vigotski comenta sobre a escrita, o teatro, o desenho, a brincadeira das crianças. Apontando as complexas relações entre pensamento e linguagem, analisa as dificuldades da criação literária, da objetivação e explicitação da experiência: problematiza a passagem da oralidade para a escrita; preocupa-se com a educação formal e o ensino da língua; discute a questão do interesse e das condições de produção de textos pelos alunos; comenta sobre as possibilidades e os sentidos da produção escrita, do trabalho de produção coletiva.