A natureza jurídico-política da União Européia vem evidenciada nesta obra, cujo autor considera a Constituição Européia como um "golpe de estado ideológico", ao constitucionalizar o neoliberalismo. Em sua análise, defende um mundo em que "o mercado não substitua a política, a concorrência não anule a cidadania, a eficiência e a competitividade não matem o direito e a justiça". Nesse sentido, sustenta que a Europa deve ser governada por princípios de solidariedade e de progresso social, livre de tutelas, capaz de definir seus objetivos na cena internacional - uma Europa dos cidadãos e dos trabalhadores, não das multinacionais e do capital financeiro, da paz e da luta contra o subdesenvolvimento, o racismo, a xenofobia, a pobreza, a exclusão social.