Nesses tempos nos quais o Direito parece vir a reboque da economia, da política e de outras exigências de racionalidade técnica e instrumental, a reflexão que esse livro convida o leitor a realizar resgata a noção do Direito como um existencial do ser humano. Um projeto de singularidade em um mundo totalizante. Uma normatividade originária de adjudicação do cuidado (tempo) e não de regulação, controle ou ordem social. Um princípio de liberdade e não de restrição. O Direito não habita nos mercados, nas coalizações políticas ou na técnica. Ele habita junto à essência do ser humano enquanto adjudicador do cuidado. Neste livro, o leitor vai encontrar uma experiência diferente do Direito: uma investigação para além da técnica, do instrumento ou da forma de regulação social. O acontecer do Direito como um poetizar. Entre o fechamento da potência do ser em ato e a abertura do horizonte de sentido do Direito, Luiz Felipe Nobre Braga desvela a sensibilidade da potência do princípio jurídico como um poetizar inscrito no mundo prático.