Xadalu Tupã Jekupé viu o território da sua infância se transformar. De repente, a terra ficou apertada, o rio, magro de peixes, e a caça sumiu da mata. Como muitos de seus parentes, ele precisou buscar outro chão onde viver e sonhar. Foi quando chegou a Porto Alegre, uma paisagem cinza que antes foi indígena. Hoje, na companhia de seu trabalho, Xadalu está sempre em movimento: nos povoados e nas cidades, nos caminhos de terra batida e nas grandes avenidas. Seu corpo é sua aldeia e, onde quer que pise, imprime a sua história, com a certeza de que não será apagada.