Este livro não trata de qualquer jogo em abstrato, mas principalmente do GRANDE jogo, o xadrez. Danilo Bueno joga, gosta de jogar. Ele costumava frequentar o CCSP. Não sei se ainda vai lá. No xadrez tem essa ideia bastante comum de o tabuleiro ser uma representação (fechada) do Universo, uma imagem metafísica. Engraçado que também usam xadrez para dizer xilindró. É com esse tipo de verdade que Danilo se propõe a jogar neste livro duplo, com dois títulos. Não se engane o leitor interpretando Waterloo apenas como a batalha perdida de Napoleão, Waterloo é também o nome da rua onde o poeta cresceu. Acho xadrez um jogo muito masculino. Só aprendi a jogar, porque já gostei de matemática: com um namorado, aprendi as regras; com outro, nos uníamos contra Stockfish no computador e perdíamos sempre. Como roubar de um robô? [...]