A vida nos séculos XX e XXI criou uma rotina intensa e uma dificuldade em administrar o tempo, principalmente quando parte dele é exigido para a educação dos filhos. Os pais nem sempre estão longe, mas só a presença física não garante aos filhos atenção e carinho. Preocupados em provocar uma reflexão e um debate sobre o assunto, de forma leve e divertida, Marcelo Pires (o autor) e Roberto Lautert (o ilustrador) conceberam O menino que queria ser celular, a história de um menino que se sente sozinho e percebe que seus pais e sua tia passam muito mais tempo ao celular e não têm tempo para dar atenção a ele. Entre pensamentos mirabolantes, o garoto deseja se transformar em um aparelho de telefone móvel e coloca seu plano em ação. Ele, que no início, definitivamente, não gostava de celulares, consegue achar uma solução para o problema com seus novos amigos: Celula e Seu Lular, os celulares de sua mãe e de seu pai. Este livro é infanto-juvenil, mas traz uma mensagem muito mais direcionada aos pais que às crianças: "Hoje, pra variar, ligue-se no seu filho. Desligue o celular." Uma boa sugestão de torpedo para passar para um pai distraído ou uma mãe atarefada.