"Caracas, 5 de março de 2013: a data em que parte do meu objeto de estudo passou do status analítico da vida de um homem, um líder carismático, para um mito. Logo quando fiquei sabendo da morte de Hugo Chávez Frias liguei para meu orientador, o professor Wlamir Silva. E agora? O que vai ser desse estudo? Será que alguma coisa vai mudar no cenário dos livros didáticos depois de sua morte?. Meu orientador, sereno como sempre, retrucou minha ânsia de fazimento: seu trabalho começou agora, fique tranquilo. O livro didático é uma expressão materializada da consciência histórica, sendo um material que possui centralidade na didática de história, ou seja, que determina uma racionalidade para a orientação prática no tempo. Ele é o resultado das tensões construídas pelas políticas as quais deve se adequar, bem como da visão particular dos seus autores sobre as transformações sócio-temporais. [...]