Tânia Trupolina é como esses doces em compota, vendidos à beira da estrada, que passamos, e ignoramos, como algo apenas necessário na paisagem. Mas às vezes, às vezinhas mesmo, paramos, como se na viagem houvesse algo ainda mais necessário que ela própria, um ar tranquilo e fresco, um cheiro de mato vindo dos barracos e, claro, uma pequena gulodice colhida na ponta dos dedos, o doce da compota lambido com entusiasmo, principiando um novo paladar. Isto é Tânia, seu Subúrbio anterior ao Subúrbio, um passado remoto nunca passado, o Rei-Sol descendo até os telhados e os quintais, o Coqueiro enfogarado cheio de insinuações divinas, a flor-de-maracujá no pixaim da infância, a mulher-menina bisneta dos cajueiros. .