Cadarços Brancos foi escrito com a intenção de fazer o leitor mergulhar nas entrelinhas da subcultura Skinhead e em sua versão tupiniquim que tem nos Carecas algo genuinamente brasileiro. O que faz a obra singular é o fato do autor ter convivido com muitas das bancas na cidade de São Paulo, escrita com a linguagem da época de adolescência, sem uma revisão formal, deixando um texto simples que retrata o underground, espécie de diário, misturado com os toques etnográficos de alguém que já apresentava aptidão às Humanas. O relato, por fim, deve ser lido por todo e qualquer jovem que se interesse pelas ideologias utópicas que apresentam resquícios no cenário atual, uma vez que muitas fracassaram; também por jornalistas que queiram saber mais sobre o assunto Skin, pois nele está a narrativa honesta, humana e histórica de fatos que saíram na mídia e outros que ficaram no submundo da guerra de gangues, com a menção de alguns de seus líderes, cujas identidades reais foram preservadas.