O imaginário poético de+- Uma vara de medir o sol elabora-se a partir de silêncios e memórias. Aqui se procura, no pleno dizer dos sentidos, a geografia das coisas amadas e sofridas. Aqui se revela a inquietude de quem vê com perplexidade e assombro o nosso mundo, quando reparamos nele com o olhar de uma descoberta mais lúcida. Aqui se teme que a persistente proximidade do abismo aumente o nosso desamparo e os nossos medos, habitantes que somos do mesmo espaço onde que se acoitam pressentimentos e angústias primordiais. Aqui se tenta ficar mais perto de um território filtrado pela luz de pretéritos crepúsculos e de límpidas manhãs futuras.