Não se limitando meramente a expor o pensamento filosófico-jurídico de Miguel Reale, mas também o seu próprio, Renato Cirrel Czerna apresenta as razões para sua concordância ou não com os pontos de vista do primeiro, mantendo posicionamentos abertamente distintos, sobretudo com referência a duas questões - a da relação entre natureza e espírito e o concernente ao tipo de dialética que preside o desenvolvimento do processo cultural nascido da conexão entre subjetividade e realidade. O autor dá mostra de sua compreensão do dualismo concreto de Miguel Reale, oferecendo elaborada síntese de um senso histórico comum, fruto da constante preocupação de ambos os filósofos com a unidade concreta do real e do pensado, embora sob perspectivas diversas.