Natural da cidade de São Paulo, filho de portugueses, Álvaro Alves de Faria é jornalista, teatrólogo, romancista, ensaísta, cronista, crítico literário, mas sobretudo poeta. Predestinado e prematuro. O primeiro poema foi escrito aos 11 anos; aos 16, concluiu seu primeiro livro, Noturno maior, publicado alguns anos depois. Outros vieram, cada vez mais refinados e pessoais, demonstrando sua vocação autêntica, ao contrário de tantos jovens que publicam livros de poemas na adolescência, para logo se afastarem da poesia.O reconhecimento da crítica vem sendo expresso em artigos e prêmios diversos. Seu quarto livro, 4 cantos de pavor e alguns poemas desesperados (1973), recebeu três dos maiores prêmios literários do país, o Governador do Estado de São Paulo, o da Prefeitura Municipal de São Paulo e o Pen Clube Internacional de São Paulo. Trajetória poética, que reúne a sua poesia até 2003, foi agraciado com o prêmio de Melhor Livro de Poemas do Ano, concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte.Nos últimos anos, após a publicação de 20 poemas quase líricos e algumas canções para Coimbra (1999), sua obra vem encontrando especial receptividade em Portugal, onde Álvaro costuma participar com frequência de recitais e congressos. A voz do poeta chegou ainda mais longe. Seus poemas estão traduzidos para o inglês, o francês, o italiano, o espanhol, o alemão, o servo-croata e o japonês. No prefácio Melhores poemas, Carlos Felipe Moisés observa que, "em sua obra toda, Álvaro, em suas muitas vertentes (a poesia, a crônica, o romance, o teatro, a reportagem, a entrevista), me parece ser o testemunho incansável de uma experiência de vida. Mas isso não a confunde com a autobiografia ou com o diário íntimo". Em verdade, dispensa classificações. É, sobretudo, poesia.