"Estado, Arquitetura e Desenvolvimento: A Ação Habitacional do Iapi" faz uma análise abrangente da produção pública de habitação social na Era Vargas – sobretudo sob o Estado Novo –, quando a resposta à carência de moradia popular se tornou premente graças a um processo acelerado de industrialização e urbanização. A política e a produção de habitação popular eram encampadas por institutos de pensão, e esta obra se centra na ação do Iapi – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários –, emblemática na época, não só pela grande quantidade de unidades residenciais produzidas (cerca de 35 mil), mas por avançar na elaboração de estratégias para a produção em massa de moradias, com processos construtivos racionalizados. Com base em consistente pesquisa documental e de imagens (várias delas apresentadas no livro) e elaborando uma reflexão inovadora, a autora analisa os diversos aspectos implicados em tais ações: relações político-econômicas que condicionaram projetos e obras; conexões entre o campo intelectual e o projeto político; trânsito de ideias nacionais e internacionais na formulação de um conceito próprio sobre arquitetura, urbanismo e habitação; e limites e possibilidades do desenvolvimento tecnológico.