O escritor, poeta e professor Rodrigo pode ser encontrado na maior parte das vezes – ou seria mesmo em todas – carregando uma pesada bolsa de livros – ou seria mala? Rodrigo sempre pronto para a viagem. “Mais vale arrumar a mala”, Fernando Pessoa e Rodrigo Barata sabem bem. O peso que Rodrigo carrega em poemas de três versos, haicais como esses, vem em seu lombo como filho com quem se brinca. Rodrigo sempre acompanhado de palavras, criando-as, nutrindo-as, mantendo-as vivas. Rodrigo sempre e seus cadernos, preenchidos de trás para frente, com poemas, contos, anotações poéticas, com palavras amadurecendo. Rodrigo sempre sujando uma página por dia, alimentando seu vocabulário algo barroco algo escracho, alimentando sem babador sua dicção qual fruta que suja a camisa.