Vida psíquica e organização, de Fernando C. Prestes Motta e Maria Ester de Freitas, reúne reflexões de pesquisadores brasileiros e franceses sobre o homem como ser - ao mesmo tempo individual, social e psíquico -, que cria e vive no universo organizacional. Individualismo e desejo contraditório na formação de grupos, um dos capítulos do livro, analisa a caracterização do homem moderno de um modo geral e as conseqüências de certos métodos utilizados nas chamadas organizações camaleoas. A obra enfatiza, também, que a capacidade estratégica não é mais privilégio de uma elite que dispõe do saber excepcional; ao contrário, é destinada a qualquer um. No entanto, alerta para o considerável sucesso que o tema "cultura organizacional" tem tido nos últimos anos e os perigos de certas práticas administrativas em moda. É o ser humano diante da questão polêmica do reconhecimento profissional dentro das empresas, preso às armadilhas das estratégicas das organizações.