O autor põe em questão os instrumentos legais que enquadram a chamada "lavagem" de dinheiro. Para chegar a essa crítica, estuda o conceito de bem jurídico e percebe que a doutrina e a ciência jurídica encontram-se em um momento de grande divergência de opiniões em relação à identificação e caracterização do bem jurídico que a lei visou proteger ao criminalizar a dita lavagem de dinheiro. Através de estudo bastante amplo e apoiando-se nas Ciências Humanas - Ciências Criminais, Sociais, Políticas, Econômicas e também pela História o autor sistematizou seu trabalho cuidadosamente. Primeiro mergulhou em pesquisa a fim de conceituar o bem jurídico, desde os tempos mais remotos até os atuais. Em seguida, Castellar dedica um capítulo do livro ao estudo teórico da política-criminal, abordando seus modelos e movimentos e examinando suas funções de prevenção da criminalidade. O autor segue sua exposição ingressando no tema abordado, tratando da questão terminológica do tipo penal estudado, tecendo breves comentários a respeito das origens históricas da conduta que ficou conhecida como lavagem de dinheiro. Castellar demonstra ainda que essa incriminação faz parte de uma política criminal norte-americana para as drogas que vem desde o final do século XIX e início do XX.