Progredir, regredir, transgredir resumem a principal problemática da adolescência. A transgressão apresenta-se sob a aparência equivalente à escala Richter, que indica o grau de periculosidade dos terremotos. Como sabemos, pequenos abalos sísmicos são inevitáveis e mesmo necessários; existem outros entre aqueles que chamamos de “inclassificáveis”, que representam os temidos perigos para o indivíduo e seu entorno social. As respostas aventadas e discutidas neste livro vão da ausência de resposta até a mais acertada. Elas insistem sobre a capital importância de ouvir os adolescentes dentro da dimensão do apelo ao outro, o que permite ao transgressor em perigo e perigoso alcançar, nos casos bem-sucedidos, as margens do universo simbólico. A sublimação e a criação constituem também saídas possíveis às transgressões.