Cinema são encontros. Encontros para além de uma sessão. Encontros que podem durar uma vida toda, e com todas as relações perigosas que lhes são intrínsecas. E Um corpo que cai (Vertigo), de Alfred Hitchcock, vem proporcionando encontros desde que lançado em 1958. Encontros que já despertaram paixão e repulsa imediatas e tardias. E é sobre seus encontros com este filme, atravessados por outros de outras pessoas, que Mário Alves Coutinho fala neste livro. Eleito em 2012 o melhor filme de todos os tempos pela Sight & Sound, Um corpo que cai recebe aqui uma leitura concisa e cerrada pelos olhos apurados de quem se encontrou (e ainda se encontra) por toda sua vida com esta obra-prima cinematográfica. Um olhar que só assim permite novos olhares interpretativos, mirando, por exemplo, o fazer cinema e o feminino que dela transbordam.