O problema da dor é o maior e o mais grave dos que se apresentam ao homem. Quem não vencer a dor não vencerá a vida. Compreendê-la é compreender a própria vida. O problema da dor é a pedra de toque de toda a filosofia. E podemos mesmo acrescentar: de cada homem. Ora, como nos mostra o autor nestas páginas já clássicas, é somente por meio da Revelação divina que podemos conhecer a origem, o sentido e a finalidade da dor, pois nem a ciência nem a experiência de vida bastam para explicá-la. A abundante reflexão filosófica sobre o tema desenvolvida ao longo dos séculos deixa sempre a sensação de ser insuficiente; apenas a fé permite realmente lidar com a dor. Vinculando o tema do sofrimento com o do sacrifício e da entrega a Deus por amor, o autor mostra-nos que a dor não é uma realidade sombria. Um cristão que viva a sua fé em pleno seguimento de Cristo até o fim, esse é o homem mais feliz do mundo. Porque a dor é a outra face do amor, e o amor é alegre. Estas homilias do sacerdote alemão Richard Graf, publicadas pela primeira vez em 1948, foram pronunciadas durante a Segunda Guerra mundial e logo depois. São reflexões feitas em plena imersão no sofrimento, e há décadas vêm abrindo perspectivas consoladoras a muitas almas que, de um modo ou de outro, participam da cruz de Cristo.