A Sustentabilidade surge como novo paradigma axiológico transnacional, mais ético, solidário e humano, como tentativa de resposta à crise socioambiental criada pelo próprio homem em sua relação com a natureza. A sustentabilidade, assim, exige uma mudança de mentalidade com vistas à construção de uma nova ordem econômica (mais equilibrada), social(mais justa) e ambiental (que proteja a vida humana na Terra de forma sustentável e digna). Assim, a sociedade de risco, fruto da utilização indiscriminada dos recursos naturais e do progresso do conhecimento científico, faz a humanidade deparar-se com ameaças de catástrofes socioambientais que colocam em dúvida a sustentabilidade da vida na Terra. Um dos grandes desafios do século XXI é entrelaçar os termos qualidade de vida e sustentabilidade, porém sem equipará-los ou utilizá-los indistintamente. Enquanto o primeiro fornece parâmetros multidimensionais para avaliar e guiar as ações do presente, o segundo só se confirma com a real possibilidade e efetivação dessa qualidade para um futuro intergeracional. Por outro lado, os termos se entrelaçam na medida em que a garantia do futuro depende das ações presentes. Esse entrelaçamento, no entanto, não significa que os termos se correspondam ou que possam ser utilizados indistintamente. Garantir uma vida com alta qualidade hoje pode não ser a melhor opção para o amanhã senão houver um compromisso com as futuras gerações.