Antes de abrir os olhos, Maigret franziu as sobrancelhas, como tivesse desconfiado da voz que vinha lhe gritar do fundo do seu sono: - Tio! Com as pálpebras ainda fechadas, ele suspirou, tateou o lençol e se deu conta de que não sonhava, que algo estava acontecendo, pois sua mão não encontrou, onde deveria estar, o corpo quente da sra. Maigret. Abriu enfim os olhos. A noite era clara. A sra. Maigret, de pé junto à janela de vidros quadriculados, abriu a cortina, enquanto alguém embaixo batia à porta e o ruído repercutia por toda a casa. - Tio! Sou eu!