Os textos aqui apresentados buscaram não apenas contemplar os fundamentos de uma visão contemporânea da inclusão, mas também as articulações desses fundamentos com as práticas inclusivas que algumas escolas já vêm adotando e ampliando. Há um fio condutor que atravessa e alinha os textos deste livro, sejam quais forem suas filiações teóricas ou profissionais: todos estão buscando orientar-se por uma visão precisa de sujeito. Os autores aqui presentes sabem que as crianças em situação de inclusão não são apenas um conjunto de feixes de nervos, músculos e ossos comandados por comportamentos automáticos a serem condicionados, adaptados e canalizados. Crianças-sujeito são habitantes desse corpo ao mesmo tempo que habitados por ele e não existem sem que um laço com os outros as constitua, as mantenha e lhe dês um sentido marcado pelo desejo. Levar em conta, dar ouvidos, dar voz a esses sujeitos é o norte da reflexão e da ação que orienta os autores desta coletânea.