Na era em que a comunicação se tornou na palavra-chave duma sociedade animada de inovações tecnológicas, mas em completa desordem quanto aos valores, os modelos inspirados na natureza podem sugerir reflexões úteis. Depois de lida esta obra, não será, certamente, possível ver as plantas e abordá-las como antes. Sim, as plantas têm, de facto, uma sensibilidade que lhes é própria. Donde, naturalmente, as possibilidades de comunicação com o homem, tantas vezes sublinhadas, mas nunca, até a estes últimos anos, cientificamente provadas. A famosa "mão verde" encontra, a partir de agora, justificações científicas; como, aliás, a sensibilidade das plantas à música.Linguagens da natureza, sensibilidade das plantas, comunicações secretas mas eficazes, fundamentadas em factos científicos recentes e devidamente estabelecidos, desvendamos nesta obra uma visão do mundo vivo radicalmente nova, em que todos os seres comunicam e comungam numa aproximação inesperada entre a planta, o animal e o homem. São as analogias de hábitos e comportamentos que nos surpreendem sempre, acima de tudo, porque esses hábitos e comportamentos, são também os nossos... Um hino à vida, percurso iniciático aos seus mistérios e segredos, as linguagens da natureza modificam radicalmente uma visão demasiado estética da botânica, que toma, aqui, aspectos familiares, para não dizer animados, como se as plantas fossem, também elas, dotadas duma alma." JEAN-MARIE PELT, farmacêutico agregado, é um botânico-ecologista de renome. Fundador, em Metz, do Instituto Europeu de Ecologia, foi, também, presidente de outras instituições, como a Fundação Europeia para o Homem, a Natureza e a Vida (desde 1977). Membro do Comité Francês para o Ambiente, realizou diversas missões de pesquisa e ensino no Afeganistão, Togo, Costa do Marfim, Marrocos, etc.