No texto, a autora aborda a educação para a morte no hospital a partir do olhar de profissionais de UTI neonatal que lidam frequentemente com a morte do bebê, exímio representativo do projeto humano de vir a ser. O relato do estudo realizado junto a profissionais de diferentes categorias permite tatear a morte nesse ambiente tão impregnado de vida, afinal, cada novo bebê humano traz consigo todo o potencial de renovação da esperança num mundo melhor. Quando a morte se impõe, mesmo nesse contexto, famílias e equipes são atravessadas por diversos sentimentos difíceis de significar e elaborar. O universo neonatal revela-se como mais um campo a ser contemplado por programas de educação para a morte, que podem representar uma significativa via de instrumentalização para os profissionais. Equipes mais preparadas para lidar com a morte têm condições de prestar um atendimento mais humanizado, sensível e focado no bem-estar do bebê em processo de morrer e das famílias enlutadas.