As relações entre memória e modernidade, modernidade e educação urbana dos sentidos permeiam este livro. A partir de memórias esparsas e difusas, encontradas no presente situadas desde o final do século XIX até a contemporaneidade carregadas, em sua maior parte, de nostalgia e romantismo, problematiza-se as relações entre presente e passados contidas nestas memórias. O bonde foi percebido como um artefato culturalmente significativo, expressando, em sua movimentação pela cidade e nas relações diversas com seus habitantes ao longo do tempo, traços significativos do avanço da modernidade. Momentos significativos no longo trajeto histórico-cultural percorrido pelos bondes na cidade de Campinas são abordados: seu surgimento, implantação e consolidação no cenário urbano, como um dos ícones da modernidade capitalista por um lado, e por outro, a extinção de sua circulação pela cidade, agora como símbolo da obsolescência, no contexto de um avanço mais intenso da modernidade.